Lenise Pinheiro/UOL
O hino tocou, mas em ritmo de bossa nova e pancadão. Autoridades estavam lá, mas ao lado de atores nus, que apresetariam espetáculo em homenagem a Eros. Ao invés de ocorrer nos salões de Brasília, o julgamento do pedido de anistia do ‘papa’ do teatro brasileiro, José Celso Martinez Corrêa, foi no Teatro Oficina, especificamente sobre a mesa que é cenário da peça que viria depois. Em sessão emocionada, o Estado brasileiro pediu perdão pelas violações que cometeu contra Zé Celso na ditadura.
Em 22 de maio de 1974, o teatrólogo foi encapuzado por agentes da repressão e levado ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em São Paulo, onde passaria quase um mês. Nesse período, foi torturado. Recebeu choque elétrico, ficou pendurado no pau de arara e apanhou muito. Chegou a ser confinado em uma solitária.
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